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O diagnóstico
precoce amplia chances de cura para até 90%
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Assim
como Outubro é considerado como “Rosa” e faz alusão à prevenção ao câncer de
mama nas mulheres, Novembro também foi escolhido para combater um tipo da
doença. O “Novembro Azul” é idealizado para lembrar da prevenção ao câncer de
próstata, que é hoje o tipo de câncer mais comum entre os homens. Em 2010,
foram cerca de 950 mil casos novos no mundo e aproximadamente 270 mil mortes.
No Brasil são esperados 50 mil casos novos somente em 2013. Os dados são do
Instituto Nacional de Câncer (Inca).
“O câncer de próstata ou cancro da
próstata é uma doença em que ocorre o desenvolvimento de um cancro ou um tumor
na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. Ocorre quando as
células da próstata sofrem mutações e começam a se multiplicar sem controle.
Estas células podem se espalhar – o que chamamos de metástase – a partir da
próstata em direção a outras partes do corpo, especialmente ossos e
linfonodos”, disse o oncologista Luciano Morganti Paladini, do Oncocentro de
Uberlândia.
Geralmente, este tipo de câncer é
silencioso, cresce lentamente e não causa sintomas. Mas, segundo o
especialista, o câncer de próstata em estágio avançado pode causar dor,
dificuldade em urinar, disfunção erétil e outros sintomas.
O urologista Luiz Mauro Coelho afirma
que a melhor maneira para evitar a doença é a prevenção. “Uma dieta rica em
frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura,
principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer. Nesse
sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no
mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à
altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar”, disse.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de próstata pode
ser por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA). O
tratamento é indicado de forma individual. “Cada caso exige necessidades
distintas. O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim
como da idade do paciente e pode incluir prostatectomia radical (remoção
cirúrgica da próstata), radioterapia, hormonoterapia e uso
de outros medicamentos. Para os pacientes idosos com tumor de
evolução lenta o acompanhamento clínico menos invasivo é uma opção que deve ser
considerada”, explica urologista Luiz Mauro Coelho.
Para o oncologista Luciano Morganti Paladini, do Oncocentro de Uberlândia, a
falta de informação, o preconceito e a falta de recursos são apontados como
fatores que favorecem o desenvolvimento deste tipo de câncer, pois
dificultam o diagnóstico rápido e podem levar a atrasos no
tratamento. “É comum os homens procurarem atendimento quando a doença já
se tornou irreversível. O ideal é fazer constantemente exames preventivos, pois
se desenvolver a doença, o paciente irá identifica-la logo no início. Isso
facilita o tratamento e amplia as chances de cura”, afirmou.