terça-feira, 29 de julho de 2014

Câncer de colo de útero é quarta causa de morte entre mulheres


Considerado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) como a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colo-retal. A forma invasiva da doença pode ser causada pela infecção persistente de alguns tipos do Papiloma Vírus Humano (HPV), vírus transmitido por meio de relações sexuais.
              De acordo com a oncologista clínica Paula Lajolo, há diversos subtipos do vírus, mas nem todos causam o câncer invasivo de colo de útero. “A doença é provocada principalmente pelos subtipos 16 e 18, conhecidos como oncogênicos. De cada 200 mulheres com esses subtipos, uma desenvolve o câncer de colo de útero. Outros tipos de câncer, como nasofaringe, pênis e anal, também estão relacionados ao contágio com o HPV”, disse.
              Segundo ela, o diagnóstico da infecção por HPV é diferente em cada um dos gêneros. “Na mulher, o diagnóstico é feito por meio do Papanicolau, que é o exame ginecológico que coleta material do colo uterino para análise. Há lesões precursoras do câncer que, se forem tratadas, podem impedir a doença. Outros exames que pesquisem a presença indireta do HPV na célula também podem ser realizados. No homem, o diagnóstico é possível quando existem lesões no pênis. Nesse caso, investiga-se por análise clínica e laboratorial a presença do vírus”, afirmou.

Prevenção
A infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) pode acontecer, de acordo com a oncologias Paula Lajolo, por meio da relação sexual. Sua prevenção pode ser feita pelo uso de preservativos ou por meio da vacina, que já é oferecida na rede pública e particular de saúde. “Há duas modalidades de vacina: bivalente e tetravalente. Ambas protegem em relação aos subtipos oncogênicos, mas a tetravalente protege também contra outros dois tipos de HPV, relacionados às verrugas genitais”, disse.

Segundo a médica, o ideal é que as mulheres sejam vacinadas entre nove e 11 anos de idade, antes do início da atividade sexual. “Se ela for vacinada depois de já ter iniciado a vida sexual, a proteção pode não ser tão eficiente, porque ela já pode ter sido infectada com o vírus”, disse. Homens também podem tomar a vacina, que é aplicada em três doses. 







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