Periodontista Dr.
Keller de Carvalho
A Doença Periodontal (DP) é uma
doença infecciosa presente em uma enorme parcela da população. É resultado do
acúmulo de restos alimentares e bactérias nos dentes, chamada de placa dentaria
ou bacteriana. As placas causam inflamação e danos muitas vezes irreversíveis,
aos tecidos de suporte dos dentes (gengiva e osso).
O
periodontista Dr. Keller de Carvalho explica que a doença passa por três
estágios e classifica-se de acordo com a sua gravidade. “O primeiro estágio é a
Gengivite - quando a inflamação é restrita a gengiva – o segundo, Periodontite
- quando não só a gengiva, mas também o osso é afetado – e por fim a
Periodontite Avançada - onde os dentes apresentam grande mobilidade e extensa
perda de osso, com comprometimentos muitas vezes irreversíveis, podendo levar a
perda do dente”, completa.
A doença pode passar
despercebida pelo paciente, já que não causa dor em sua fase inicial e evolui
de forma quase silenciosa, porém gradativa. Um grande número de estudos,
publicados nas mais conceituadas revistas científicas mundiais sobre o assunto,
mostram que as bactérias presentes na placa dentária podem ter forte relação no
aparecimento ou agravamento de doenças e problemas sistêmicos frequentemente
diagnosticados na população. Entre elas, as doenças cardiovasculares, o
diabetes, partos prematuros, infecções respiratórias e recentemente, estudos
apontam uma relação também com o mal de Alzheimer.
Os mecanismos desta relação
entre DP e doenças sistêmicas ainda não são completamente compreendidos, por isso,
os estudos mostram que esta doença de origem bucal deve ser considerada como um
fator de risco para um grande número de doenças e problemas sistêmicos, da
mesma forma que o tabagismo, a obesidade, as condições nutricionais ou a falta
de atividade física. Assim, a má higienização bucal, pode estar associada ao
insucesso no tratamento ou no aparecimento de complicações destas doenças
sistêmicas.
Cuidados básicos como escovar
os dentes e usar o fio dental devem estar presentes no dia a dia. Essa dupla
pode evitar o aparecimento ou evolução do problema. O primeiro sinal dessa
doença é o sangramento da gengiva. Outros sinais e sintomas, como a mobilidade
de dentes, retração de gengiva ou o mau hálito, podem ser percebidas, mas nem
todas elas precisam estar presentes para que o problema esteja estabelecido.
Visitas periódicas a um profissional da área são de extrema importância para o
diagnóstico precoce e/ou tratamento da doença.
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