A dificuldade de engravidar
atinge aproximadamente 15% dos casais. As causas são
inúmeras, mas o estilo de vida implica diretamente nesse índice. A qualidade do
óvulo ou do espermatozoide é reflexo dos hábitos do indivíduo e eles podem
comprometer as chances de uma gravidez.
Em geral a idade avançada é o primeiro fator considerado desfavorável,
principalmente para as mulheres, que têm uma queda progressiva da fertilidade
ao longo dos anos, se acentuando após os 35 anos. Os homens também têm sua
fertilidade diminuída, mas não com a mesma intensidade da mulher.
Alguns fatores do cotidiano também podem ser causadores. O tabagismo é o
primeiro deles. No homem, o cigarro altera a produção dos espermatozoides e a
qualidade do sêmen, além de levar ao aumento na fragmentação do DNA do
espermatozoide, o que está associado à maior taxa de aborto e de insucesso nos
tratamentos de reprodução. Mulheres fumantes têm a fertilidade reduzida em 25%,
além de apresentar maior incidência de irregularidade menstrual, amenorreia,
acelerar a menopausa, entre outros aspectos clínicos.
O álcool, quando ingerido em excesso, compromete mais de 80% nas funções
reprodutivas. A substância faz com que a quantidade e volume dos
espermatozoides diminuam. Nas mulheres aumenta o risco de aborto, interfere no
desenvolvimento fetal, além de contribuir para o ganho de peso.
O estado nutricional positivo, bem como a prática de exercícios físicos,
moderados, favorecem na saúde reprodutiva. Mulheres obesas ou abaixo do peso
têm dificuldades de engravidar por apresentarem distúrbios ovulatórios. “Para
manter uma alimentação balanceada é necessário incluir nas refeições
carboidratos, proteínas, gorduras boas, vitaminas e minerais, sem esquecer da
ingestão de água. Essa é a recomendação básica para o casal, porém a mulher
precisa ingerir mais ferro e cálcio do que o homem”, afirma Carolina Domingues,
nutricionista do Hospital Santa Clara.
FATORES
QUE INFLUENCIAM NA SAÚDE REPRODUTIVA
Tem sido frequente o diagnóstico de infertilidade
pelo uso de anabolizantes. O urologista e especialista em reprodução humana da
Clínica Fecunda, Dr. Mário Cruvinel, conta que o uso desse hormônio
atrapalha a produção do sêmem, porque há um bloqueio, quase que imediato, do
testículo. “Nem sempre a gente tem uma recuperação dessa fertilidade quando o
indivíduo para com o uso do anabolizante. Se for um uso crônico e que gerou uma
atrofia testicular, o homem ficará infértil e dependente do anabolizante para
que ele tenha função sexual”, completa.
Medidas preventivas favorecem para que as chances de engravidar sejam maiores,
por isso é indispensável o acompanhamento médico e realização de exames
periódicos. A infertilidade pode ser evitada reavaliando os hábitos de vida.
Mas em casos genéticos e de anomalias, existem tratamentos específicos que
podem ajudar na realização do sonho de ter um filho.
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